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O teto invisível que está sabotando sua precificação

  • Foto do escritor: Delza Barbosa
    Delza Barbosa
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

O preço emocional que você carrega, e que define até onde o seu negócio consegue crescer.


Falar de precificação é, à primeira vista, falar de números. Custo fixo, margem de lucro, faturamento, viabilidade, ponto de equilíbrio.

Mas quem empreende há tempo suficiente já percebeu uma verdade incômoda: não é a matemática que te impede de cobrar melhor, é você.

Por trás de todo preço existe um componente silencioso e poderoso: o valor emocional interno, aquele que define o quanto você acredita que merece cobrar.

E é justamente ele que cria o teto invisível que vem sabotando sua precificação.


O preço que você cobra nasce do preço que você acredita

Todo mundo, absolutamente todo profissional, independentemente da área, carrega dentro de si dois limites psicológicos:

  • O preço mínimo, abaixo do qual você sente que está sendo desvalorizado.

  • O preço máximo, acima do qual você sente que já está “abusando”.


E entre esses dois limites está o que você considera justo.

Mas aqui está a questão central: Esse senso de “justo” não vem da planilha.

Vem da SUA história.


Ele vem de:

  • Comentários que você ouviu ao longo da vida

  • Comparações que fez

  • Inseguranças que carrega

  • Modelos de sucesso que observou

  • Crenças familiares sobre dinheiro

  • Experiências passadas boas ou ruins

  • Medos de perder clientes

  • Receios de parecer “caro demais”


E tudo isso constrói um teto emocional, um limite interno que não tem nada de financeiro, mas que define até onde você se permite cobrar.


O que é esse “teto invisível”?

É o ponto em que o desconforto aparece quando você pensa em cobrar mais.


É aquele pensamento automático:

  • “Quem vai pagar isso?”

  • “Ninguém aceita esse valor.”

  • “Melhor baixar para não perder a venda.”

  • “Quem sou eu para cobrar assim?”


Esse teto emocional é tão poderoso que, muitas vezes, você recua antes mesmo de testar o mercado.


Por isso tantos empresários trabalham muito, entregam muito, mas continuam presos no mesmo nível de faturamento: O teto não está no cliente. Está dentro deles.


Você não cobra pelo que vale. Cobra pelo que acredita que vale

Essa é a verdade crua.

A maioria dos empreendedores não está travada por falta de demanda ou por falta de técnica.

Está travada porque nunca parou para revisitar a própria relação com dinheiro, valor e merecimento.


E isso impacta diretamente a precificação:

  • Você aceita contratos abaixo do mínimo.

  • Faz concessões desnecessárias.

  • Se sente culpado ao cobrar mais.

  • Exagera na entrega para compensar o preço.

  • Evita falar sobre dinheiro.

  • E se acostuma com um patamar de faturamento que está aquém do seu potencial real.


Como descobrir seu preço interno

Existe um exercício poderoso para revelar seu valor emocional de cobrança:

1️⃣ Escreva três preços para cada serviço:

  • Preço baixo (que você cobraria sem resistência)

  • Preço médio (seu atual)

  • Preço alto (aquele que você gostaria de cobrar, mas sente incômodo)


2️⃣ Em seguida, avalie três critérios de 0 a 10:

  • Experiência: quanto você domina o que faz

  • Resultado: impacto real do seu trabalho

  • Autoridade: quanto o mercado reconhece isso


3️⃣ Some os pontos:

  • 0 a 22: preço baixo

  • 23 a 27: preço médio

  • 28 a 30: preço alto


Esse exercício alinha duas coisas:1. Sua percepção emocional2. Sua entrega real

É um passo concreto para ajustar seu teto interno ao seu momento profissional.


Como expandir esse teto

Você não deve cobrar abaixo do mínimo, pois isso te coloca em modo sobrevivência.

Mas também não adianta cobrar acima do seu máximo, porque isso te paralisa, te faz duvidar e te leva a compensar demais.


A expansão acontece gradualmente:

  • Documente seus resultados

  • Registre feedbacks

  • Reforce sua autoridade

  • Melhore sua narrativa de valor

  • Revise suas crenças limitantes

  • Releia sua trajetória com honestidade


Com o tempo, algo mágico acontece:

O que hoje parece um preço “alto” se torna o natural.

O que antes era seu preço “médio” se torna seu novo “baixo”.

E seu teto interno expande junto com o seu crescimento profissional.


Conclusão

Precificar não é apenas técnica. É autoconhecimento.


Porque no fim, o preço é apenas a expressão externa daquilo que você acredita internamente.

Se você está esbarrando sempre no mesmo teto financeiro, talvez não seja sobre o mercado.

Talvez seja sobre o seu preço emocional.


E a boa notícia?

Você pode ajustá-lo, e isso muda tudo.


Com uma Gestão Financeira eficiente você terá total clareza e segurança para avançar na sua precificação, enquanto ajusta seu preço emocional interno.


Autoria: Delza Barbosa - Especialista em Finanças para Negócios

Contatos: 19.99109-9416

@delza.financeiro  


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